sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Técnicas de Escalada

Na escalada se tem impressão de uma atividade que se emprega somente a força, mas para chegar ao cume de uma montanha é imprescindível ter força física, equilíbrio psicológico e muita técnica. O escalador não precisa de força o tempo todo e sim de uma parte técnica. Assim, irá economizar energia com o uso corretos das técnicas.

A escalada pode ser:

- Esportiva (praticada em falésias, cuja altura varia entre 20 e 60 metros)
- Escalada em Big Wall ( para escaladores experientes, pode durar vários dias)
- Escalada alpina (em regiões inópitas, exige grande técnica)

A parte técnica está dividida nos seguintes assuntos: o uso das mãos, o uso dos pés, posicionamentos estáticos e movimentos dinâmicos.

Uso das mãos e os nomes das pegadas:

Pegada Fechada
Este tipo de pegada é uma das mais comuns em escalada, onde as ponta dos dedos ficam quase encostadas na palma da mão. Seu uso é muito comum em agarras pequenas e “regletes”.

Pegada aberta
Essa pegada também é muito comum na escalda. É parecida com a fechada, mas os dedos formam um arco maior. É usada na pegada de agarras grandes, lacas e abaulados que tem espaço para as pontas dos dedos.
Pinça
É uma das pegadas mais odiadas pelo escaladores. Use as pontas dos dedos ou a mão inteira para “pinçar” a agarra. Se aplicam normalmente nas agarras que se projetam da pedra, ou em alguns tipos de fendas.

Estendida ou Primata
Também é uma das pegadas “malditas”. A mão toda forma um arco (principalmente os dedos). Se usa principalmente em abaulados. A aderência da mão na rocha é fundamental.

Invertida
Como o nome indica, se usa com a palma da mão voltada para cima, pode ser com as pontas dos dedos ou com a mão inteira (como uma pegada aberta). As agarras são normalmente lacas de cabeça para baixo.
Monodedo, bidedo e tridedo
Pegadas feitas com um (monodedo), dois (bidedo) ou três dedos (tridedo), usando as falanges. São usadas normalmente em buracos pequenos (os famosos “heucos” ou “pockets” americanos).
Entalamento das mãos
O entalamento das mãos se dá com os dedos, com a mão inteira aberta ou com a mão fechada (de punho). Se usa tanto em fenda verticais, como em fendas horizontais. A mão colocada dentro da fenda deve ser “torcida” para gerar forças opostas e garantir a pegada. É comum a proteção das mãos com esparadrapo, para evitar ferimentos.

Uso dos pés na escalada esportiva
Dando continuidade na explicação da parte técnica, veremos o uso dos pés na escalada esportiva.
Existem várias maneiras de usar os pés, vamos ver as mais utilizadas:

Interno: o mais usado na escalada, usa a parte da solado onde se encontra o dedão, na parte interna do pé. Usado na maioria das agarras.

Externo: usa a parte do solado onde se encontra os dedinhos, na parte externa do pé. Usado também na maioria das agarras, sendo mais solicitado devido a algum tipo de posicionamento.
Bico: como o nome já diz usa-se o bico do solado, bem onde se encontra o dedão. Muito usado em agarras muito pequenas e em buracos.
Aderência: utiliza-se a maior parte do solado possível da parte anterior do pé, de preferência com o pé voltado de frente para a rocha (pé chapado), mas há exceções. Utilizado em lugares sem agarras ou com abaulados.
“Foot Hook” (Pé em gancho): muito usado na escalada esportiva, se usa o calcanhar ou a parte superior do pé, podendo ser o bico ou o peito do pé. Muito usado em saídas de teto, em tetos e arestas.

Entalamento de pé: O entalamento de pé se dá de bico, de pé inteiro longitudinal (usando as laterais do pé), e de pé inteiro transversal (usando o bico e o calcanhar), e é usado normalmente em fendas.
Posicionamentos estáticos na escalada esportiva

Posicionamentos estáticos são sempre movimentos feitos com um dos braços “travado” (o braço flexionado e imóvel). Agora vamos dar nomes aos posicionamentos estáticos mais comuns:
Pé Alto: como o nome já diz, trata-se do lado interno de um pé numa agarra na altura da coxa e praticamente o escalador fica sentado nesse pé. O lado do pé é sempre o oposto do lado do mão. Serve para um melhor equilíbrio, para se ganhar altura e ajudar na travada do braço.
Flagging (Embandeirar): esse posicionamento é para evitar o efeito “porta aberta” aquela rodada desagradável do corpo. O "flagging" se dá de duas maneiras, a primeira com o lado interno do pé na agarra e com a mão do mesmo lado do pé segurando em outra, coloca-se então o lado externo do outro pé apoiado na parede entre a perna que está na agarra e a parede ou somente cruzando por trás da perna que está na agarra.
E a segunda com o externo de um pé em uma agarra e a mão do lado oposto do pé usado em outra agarra, estica-se então a outra perna apoiando o lado interno do pé na parede, chegando-se ao equilíbrio.

Drop knee (Joelho dobrado): é um dos posicionamentos mais técnicos, possibilita o escalador a alcançar uma agarra bem alta com um dos braços bem travado. Consiste em o lado interno do pé em uma agarra, o mesmo lado da mão em outra agarra e o outro pé, com o lado externo na agarra e o joelho dobrado para baixo.
Movimentos dinâmicos na escalada esportiva

Movimentos dinâmicos são aqueles que têm como característica sempre um deslocamento ou um impulso de uma agarra para outra. Vamos ver agora os nomes mais comuns:

Body tension (Corpo esticado): este movimento parece com um bote, mas a diferença é que neste movimento o pé não sai da agarra e seu corpo fica praticamente todo esticado.
Bote: nesse movimento o escalador praticamente salta de uma agarra para outra, seu corpo fica todo no ar, podendo estar durante o movimento com uma mão na agarra ou não.

"Dyno" ou crucifixo: neste movimento o escalador usa praticamente todo a sua envergadura, é um movimento com os braços esticados horizontalmente ou diagonalmente. Nas competições, os escaladores tentam evitá-lo ao máximo, pois é um movimento que se gasta muita energia.
Dead point (ponto morto): é um movimento difícil, mas que era uma característica do famoso escalador Wolfgang Güllich. Consiste em se movimentar lentamente para cima para a próxima agarra, somente com os apoios de um pé e de uma mão, até perder o equilíbrio para trás, mas nesse momento de perda de equilíbrio você domina a agarra.

Aí esta a teoria da parte técnica, agora cabe a você colocá-la em prática.

Equipamentos:

* Corda
* Cordim
* Fitas
* Cadeirinha
* Mosquetão -> pêra, assimétrico, oval, reto curvo.
* Freio de segurança/"freio oito"
* ATC
* Tubo

Entre esse apetrechos, destacam-se o magnésio ( um pó branco que absorve o suor das mãos do escalador para manter aderência às pedras) e as sapatilhas de borracha, que aumentam a sensibilidade e aderem com mais facilidade às rochas.

Dicas de movimentação

Nas técnicas de escalada os movimentos são acíclicos, e se dividem basicamente em três fases: fase de preparação, fase principal e fase final.
Capacidade de Redação: O escalador deve observar as circuntâncias que lhe afetam, deve calculá-las e de acordo com seu cálculo, reagir com rapidez.
Capacidade de Reorientação e Adaptação: O escalador deve ser capaz de reorientar-se e adaptar-se à diferentes tipos de condições (dificuldades da parede, clima, cansaço, esforço, etc.) e as trocas previsíveis destas condições.
As técnicas de escalada: Todas as técnicas de escalada, tem como objetivo trabalhar o centro de gravidade. Essa troca do centro de gravidade se chama avanço, o avanço pode ser para cima, para baixo, lateral e diagonal.
Definimos como técnica de escalada, a execução perfeita, que reúne todos os requisitos de uma ação de movimentos próprios do esporte, em uma situação específica.
Biomecânica do Movimento (CGC): O controle do centro de gravidade corporal (CGC), é o fator mais importante da técnica correspondente.

Fator de Queda:
OBS: Toda escalada há um fator de queda para a corda, cada queda que você leva um fator de resistência da corda diminui. CUIDADO!
Corda: a corda não pode haver desgaste nos pontos de amarração sempre colocar uma proteção na corda para não se romper.

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