terça-feira, 21 de setembro de 2010

Yôga e Escalada

O que é preciso para escalar bem?
Esse é um tópico muito discutido entre esportistas, talvez seja preciso força, equilíbrio, flexibilidade, entre outros fatores físicos.

Muito observo escaladores de diferentes aspectos, a maioria com todas as características citadas acima. Contudo acabo percebendo que não basta apenas fatores físicos para se desenvolver e evoluir neste esporte, pois o que mais segura um escalador é a falta de controle emocional, é saber controlar o psicológico e as emoções quando se depara com um fator de risco, com uma cadena no limite ou simplesmente com a sensação que poderá cair.
Yôga é uma filosofia estritamente prática que conduz ao samádhi.(Mestre DeRose)
Sámadhi é um termo em sânscrito que significa autoconhecimento, hiperconsciência, estado que só o Yôga proporciona.
Essa filosofia surgiu a mais de 5.000 anos na Índia antiga, foi criada por um homem de estatura mediana, pele escura, cabelos longos e negros, um bailarino chamado Shiva.
Essa filosofia cujo nome se denomina Yôga (união), é muito praticado por esportistas em geral, por proporcionar flexibilidade, alongamento, tônus muscular, equilíbrio, etc.



Gosto muito de comparar a escalada ao Yôga porque uma das características do Yôga Antigo, é ter agregado uma filosofia naturalista o que se assemelha muito com a proposta da escalada em conviver junto a natureza se identificando com ela quando se está em uma montanha ou até mesmo em uma falésia ou em algum setor de boulder, etc.
Você já se observou que às vezes antes de começar uma via, um boulder, uma escalada qualquer, como seu corpo reage? Ou mesmo parado apenas pensando e lendo os movimentos da via, seu corpo já começa a responder com uma respiração acelerada, músculos tensos, trêmulos e seu coração começa a bater cada vez mais rápido?
As mãos começam a suar e logo você pega no magnésio para secá-las, mais não adianta, você está envolvido por um grande medo, ansiedade e nervosismo! Mesmo antes de colocar as mãos na primeira agarra seu corpo já sofreu uma descarga de adrenalina.


Isso tudo ocorre por falta de controle emocional, e veja só que interessante, a emoção está ligada diretamente com a respiração!Dentro da prática do Yôga Antigo, existe um anga (parte), voltada somente para aprender a respirar corretamente, usando toda sua capacidade pulmonar. Contudo a prática do Yôga Antigo, não se limita em apenas respirar, mais aplicar pránáyáma (expansão da bio-energia através do respiratório), técnica que lhe proporcionará uma captação de energia vital, essa energia denomina-se prána, sua maior fonte é a energia solar que está contido em diversos alimentos como as frutas, por exemplo.
Muitos escaladores acreditam que quanto mais desenvolvem os músculos, menos flexíveis eles ficam e tem receio de se alongar para não perder sua força muscular, de fato, mais entenda que alongamento é outra coisa bem diferente que flexibilidade.
O SwáSthya Yôga ( pronuncia-se suásthya) possui uma divisão de técnicas que desenvolvem a musculatura de forma extremamente harmoniosa, conferindo domínio até de músculos considerados involuntários, o que contribui para uma melhor performance superior a qualquer esporte, dança ou luta. E ainda garante uma proverbial flexibilidade articular e muscular obtidas mediante eliminação de tensões localizadas, a conscientização de grupos musculares e as permanências maiores no ponto culminante de solicitação. (muitos escaladores ao longo do tempo acabam se lesionando nas articulações dos dedos, joelhos, ombros e costas).
Além de auxiliar com o fortalecimento e flexibilidade muscular o Yôga contribui para dominar o equilíbrio corporal.
Quantas vezes você já se deparou em meio de uma parede realizando movimentos delicados como subir o pé na pequena agarra onde sua mão está segurando? Ou aquele pé tão alto que chega até te jogar pra fora da parede e você cai!


Essa queda pode ter sido influenciada por alguns motivos como a falta de equilíbrio, flexibilidade ou até força de pressão na mão. Existe uma técnica que se chama ásana (pronuncia-se ássana) que são os procedimentos orgânicos do Yôga.
Os ásanas são aquelas partes mais visíveis, onde pode ser fotografado, é considerado uma posição estável, confortável e estética. Sendo assim existem tantos ásanas quantos seres vivos.
A compensação é fundamental para que os estímulos físicos só proporcionem benefícios e jamais comprometam sua coluna ou sua saúde em geral. O que ocorre normalmente a um escalador que não usa nenhum recurso para compensar os músculos do seu corpo, ao longo prazo, logo se percebe um desvio na coluna, ombros tombados para frente, dores nos dedos, a tendência de ficar com a palma da mão sempre um pouco fechada, e por ai vai.
Os ásanas podem ser utilizados para compensar muitos movimentos da escalada e até estimular regiões do corpo que ainda são fracos. (contudo, não se deve praticar Yôga só pensando em seus benefícios, isso o limitara)Na escalada é preciso ter muita concentração, desde na colocação de proteção de uma via, na sua leitura, na movimentação e a cada milímetro de deslocamento na parede. A interação com a mente, corpo e a escalada é muito importante para realizar seu objetivo.
As vezes quando se está escalando o mundo parece parar, sua mente se esvazia de todos os pensamentos e você tem a atenção somente para a via que está realizando, chega até parecer que nada mais existe e que você se transformou na própria pedra!
A meditação é a supressão das instabilidades da consciência, ou seja é a parada dos pensamentos. Quando se chega a este estado, a consciência se expande.

Veja um exemplo:
Você está encadenando uma via, aquela via que se determinou fazer a certo tempo. E você começou a escalar. Sem perceber você está chegando ao seu fim, aliás, faltam apenas três movimentos, que já não são os mais difíceis. “Que bom, mandei a via!” - Você pensa! Infelizmente você pensou, e conseqüentemente desviou por segundos a sua atenção da via, resultado, queda!Essa queda foi resultado da sua emoção. Ao sentir que iria cadenar a via, você tirou sua concentração do que estava fazendo. Enquanto sua mente estava vazia apenas vivenciando o presente, você estava concentrado apenas nos movimentos da via, mais ao pensar no futuro, houve um desvio da atenção do presente deixando sua emoção falar mais alto.
Com técnicas de meditação aprende a controlar as dispersões que sua mente pode lhe causar em muitos momentos importantes, não só na escalada mais para toda sua vida.
Gostaria de enfatizar que Yôga, não é religião, não é algo místico nem espiritual. Yôga é uma filosofia de vida estritamente prática, por isso só é Yôga quando se está praticando.

Encontro de escalada em Florianópolis



A ACEM - Associação Catarinense de Escalada e Montanhismo estará promovendo uma atividade no Parque da Pedreira do Abraão, sábado e domingo, dias 25 e 26 de setembro de 2010, das 09h00 ás 15h00.
O objetivo da atividade é mostrar o potencial da área para o desenvolvimento de atividades esportivas, de lazer para a comunidade e de promoção do turismo.
Consta da programação novas rotas, atividades de escalada e confraternização.

Data e Local:
Dias 25 e 26 de Setembro de 2010, com início previsto para as 09h00.
Na sede da ACEM, Rua Mário Cândido da Silva - Parque Aventura Maria
Inês Tournier Rodrigues - Bairro Abraão - Florianópolis - SC


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Preparo físico e muscular para escalada!

Senhores, segue mais um artigo muito interessante e importante para melhor o desempenho e prazer na arte da escalada, porque entendo que, subir numa pedra qualquer um pode com o minimo de treinamento possível, agora apreciar este é ato é bem diferente, então....

Na escalada, a técnica e o potencial físico funcionam como um só. Em certas ocasiões vemos como alguém sobe com uma facilidade inusitada ao mesmo tempo que consegue uma plasticidade de movimentos excepcional.
Não existem truques, simplesmente estamos diante de um atleta que possui uma técnica apurada, uma forma física surpreendente e algo que provavelmente poucos tenham, visão da escalada.

A visão é difícil de definir. Saber como dosar o esforço, localizar rotas mais além do óbvio ou mais próximo, ou aceitar quais forem nossas limitações e como encará-las enquanto treinamos para poder superá-las. Estes são exemplos de visão. E para muitos, a limitação física limita a criatividade na escalada. Vamos então tratar de melhorar nossa forma e poder desfrutar ainda mais de nosso esporte.

Começaremos sabendo que a relação peso - força do esportista é determinante. A força absoluta contempla o trabalho máximo que podemos realizar, por exemplo elevar um peso acima da cabeça com independência de nossa corpulência. A força relativa se refere a quanta força tem o esportista em função de seu peso. A dominada, flexão de braços suspenso em uma barra, é um exercício que incide diretamente neste conceito. Um esportista de 90 kilos com 1,80 m de altura poderia levantar acima de sua cabeça uma barra com 70 kilos durante quatro repetições e em outro exercício, as dominadas, poderia, (estamos diante de um exemplo, em qualquer caso real), fazer 8 dominadas com seu próprio peso. Um escalador, de 68 kilos com a mesma estatura, 1,80 m, primeiro poderia levantar 50 kilos mas faria 20 dominadas.

A força relativa nas dominadas podemos interpretar dividindo o número de repetições entre o peso corporal. No primeiro caso 8 repetições entre 90 kilos nos dá 0,088 e no segundo, 20 entre 68 kilos, nos dá 0,2941. Um número que reflete maior força relativa. Se este segundo esportista aumentasse para 24 repetições com o mesmo peso, alcançaria um índice de 0,3529, melhor que o obtido anteriormente.

Se incrementamos a resistência nas dominadas adicionando um peso suplementar suspenso em um cinturão, (forma habitual), por exemplo, 10 kilos, nosso primeiro esportista talvez pudesse fazer 2 ou 3 repetições, e o segundo, ainda faria 10. O escalador possui, quanto aos exercícios que temos mencionado, pior força absoluta, porém melhor força relativa.

Este fato é especialmente importante naqueles esportes nos quais a força da gravidade condiciona o rendimento. Todos já devem ter ouvido falar de escaladores e rodadores no ciclismo. Normalmente, os primeiros são mais magros que os segundos. Pedalando em terreno plano a força absoluta do ciclista condiciona o rendimento. Em terreno ascendente será sua força em relação ao seu peso. Um ciclista de 1,70 m e 58 kilos de peso poderia conseguir uma força de 450 watts em um cicloergômetro, (bicicleta estática desenvolvida para medir a força), e outro da mesma estatura e 63 kilos alcançaria 525 watts. O primeiro obteria ao dividir o valor obtido por seu peso, 7,75 watts, (450 ÷ 58), e o segundo, 8,33 (525 ÷ 63), com o qual se não incluirmos outras variáveis diríamos que o segundo ciclista ao possuir melhor relação peso - força, subiria melhor em terreno inclinado. É importante mencionar que só temos considerado esta variável, e que em condições reais de corrida as coisas podem ser muito diferentes.

Na escalada a força da gravidade é o principal obstáculo (obviamente há muitos outros, mas que saem do objetivo do artigo) e como tal, para superá-la devemos incrementar a força relativa. O primeiro que devemos fazer é um simples teste prévio planejado. Bastará realizar uma série de dominadas até o limite e contar as repetições alcançadas. Premissas fundamentais: estar descansado, (não seria sensato fazer o teste num día depois de uma escalada difícil) e haver realizado um bom aquecimento, (não há até agora dúvidas sobre a melhora do rendimento após um aquecimento prévio). Uma vez que tiver anotado o número de repetições alcançadas, e se tiver alcançado pelo menos 10, descansar 5 minutos evitando esfriar o corpo, (cobrir-se com roupa suficiente, ou correr suavemente podendo manter uma conversação fluente), e depois adiconar a seu peso corporal 10 kilos e repetir a medição. Talvez supere 10 repetições com o lastro extra. Se for assim, repetir o processo de descanso e adicionar outros 10 kilos para um total de 20.

Este é teu ponto de partida. Seria muito recomendável que procurasse um serviço de medicina esportiva para que determinassem tua constituição corporal e especialmente a porcentagem de gordura que definiria em teu peso total o quanto corresponde a essa gordura. Na escalada não é casualmente que os melhores sejam especialmente fibrosos já que a gordura é um lastro que não ajuda nada neste esporte. Isto em nenhum caso deve ser interpretado como uma cruzada ante a gordura que sem dúvidas tem funções estruturais, simplesmente é uma reflexão para aqueles que estejam desejando melhorar na escalada e tenham sobrepeso. O médico e ninguém mais, é quem deve opinar sobre qual é teu peso ideal. Qualquer planejamento que saia da rotina facultativa será arriscada.

A preparação física tem duas vertentes claras: geral e específica.

A preparação geral deve ocupar a maior parte do tempo de quem se inicia na escalada. Vamos descrever como, mas faremos uma advertência. É provável que muitos queiram se "adiantar" e saltar o condicionamento geral e começar diretamente com a preparação específica, provavelmente mais chamativa. Encarecidamente te pedimos que não o faça já que o risco de lesão é real.

A primeira fase deve contemplar o treinamento de musculação em ginásio ou academia aonde se pretende melhorar a força-resistência de todo o corpo. A única ressalva é que o exercício de costas sejam sempre as flexões.

Além disto deverá acrescentar 2 ou 3 dias de corrida na semana. 30 minutos em torno de 75 - 85% do teu ritmo cardíaco máximo. Será fundamental contar com um pulsômetro (Um investimento em saúde inquestionável). Os escaladores não são, como sabemos evidentemente, corredores, mas todo mundo se beneficiará de um incremento nas atividades cardiovasculares. Não insista mais além dos limites marcados. A corrida é parte da melhora geral e não específica.

Ambos trabalhos, musculação e corrida serão uma excelente base. Enquanto realizar este tipo de treinamento pode logicamente praticar a escalada e seguramente que notará melhoras. Se tua forma não é muito boa deverá trabalhar pelo menos durante 6 meses antes de iniciar o trabalho específico. Se estiver melhor bastarão 3 meses.

O treinamento específico deveria começar quando puder realizar um mínimo de 12 dominadas descendo totalmente até esticar os braços e subindo até ultrapassar a barra com a cabeça. Além do trabalho geral que deverá manter irá acrescentar os seguintes exercícios em dois ciclos de pelo menos dois meses cada um:

# Primeiro ciclo, duas vezes por semana. Após a corrida realizaremos:

* Posição superior do exercício "dominadas" aguentando o máximo tempo possível. Contar o tempo que conseguir. Quando não puder mais, abaixar o mais devagar que puder, e ao chegar na posição de braços esticados, aguentar aí também todo o tempo que puder. Igualmente tomar o tempo. Descansar três minutos e repetir o ciclo mais duas vezes até completar três.

* Agora descansar outros três minutos. O seguinte exercício consiste em aguentar o máximo tempo possível na posição de braços esticados mas agora com um só braço. Toma o tempo e muda para o outro braço. Quando o segundo braço se esgotar, e sem soltar a barra, começar de novo com o primeiro. Três séries para cada braço. Ponha especial interesse em aguentar o mesmo tempo com ambos os braços. Para isso, começar com o mais débil.

* Finalmente vamos trabalhar os antebraços. Segurar com ambas mãos na barra e situando-se na posição baixa, sustentando só com as duas últimas falanges. Agora são os antebraços os que mais trabalham. Aguentar todo o tempo que puder em três ciclos com descansos de três minutos. Queimará bastante mas melhorará muito. É importante que trate de aumentar os tempos em cada série do ciclo.

# Segundo ciclo: neste vamos trabalhar especialmente a fase descendente das dominadas.

* Os exercícios têm duas fases, concêntrica, fase que se desenvolve desde a posição de extensão do músculo até sua contração, a fase de subida nas dominadas, e fase excêntrica, desde a máxima contração até a extensão total, na fase de descida. Geralmente tenderemos mais força na fase descendente, (excêntrica ou negativa) que na ascendente, (concêntrica ou positiva). A força concêntrica melhora substancialmente trabalhando a fase excêntrica mas é fisiologicamente muito exigente. O volume de trabalho total deve ser menor que no primeiro ciclo. É fácil lesionar tecidos conjuntivos ou a própria musculatura. Se não estiver suficientemente treinado ou tua motivação supera teu sentido da autoproteção é melhor que não o realize.

* O trabalho deve ser realizado após um bom aquecimento. Prevendo o risco de lesões o faremos ao finalizar o trabajo de ginásio ou academia em geral. Embora a força absoluta esteja esgotada, o objetivo se cumpre igualmente e se reduz claramente o risco de lesão. O exercício é o seguinte: Em uma barra, subir até a posição de máxima contração e embora o faça com os dois braços, suportar a maior parte da descida com um só braço, subir de novo e descer suportando quase todo o peso com o outro. O objetivo seria poder descer lentamente com um só braço de cada vez. Máxima precaução: se não estiver realmente forte poderá lesionar, por isso deve fazer com os dois braços como indicado. Uma maneira rudimentar mas eficaz consiste em criar uma polia com uma corda. Um extremo se ata à cintura, uma cadeirinha por exemplo, e se passa a corda por cima da barra, atando no outro extremo um disco de peso que descarregará o que tenhamos que suportar de nosso corpo, com o qual faremos mais facilmente a fase negativa das dominadas com um braço. Necessitará de um companheiro provavelmente para auxiliar. O importante é que consiga deter a descida com um braço sem risco de fazê-lo sem controle. No começo e no final da descida terá mais força que no trabalho intermediário. .

* Poderá fazer dois treinamentos negativos na semana deixando espaçadas as sessões, Segunda-feira e Quinta-feira, por exemplo. Deixar ao menos 2 dias de descanso, embora fazê-lo a cada 4 ou 5 dias seria o desejável, até porque nem todas as semanas serão duas sessões. Este é um trabalho muito difícil embora não se perceba.

* Realizar uma retenção com um braço e logo seguido do outro. O descanso antes de voltar com o primeiro braço será aquele que te permita descer com certo controle, por isso não teremos como definir um tempo fixo. A princípio necessitará muito e com o tempo poderá fazer várias sem descanso. Completar nas primeiras sessões 5 com cada braço, e aumenta uma para cada braço em cada sessão de academia. Quando alcançar 15 com cada braço, iniciar novamente o primeiro ciclo. Os antebraços também trabalharão, neste caso te suspenderá com uma só mão com as duas últimas falanges, aguentando o máximo tempo com cada braço e alternando entre um e outro sem descanso.

Ao terminar este ciclo estará duas semanas sem trabalho de academia e se concentrará em praticar no muro artificial e na corrida a pé. Após o descanso fazer o teste de força inicial e surpreenda-se.

Fonte de pesquisas: biblioteca de montanha Barrabes
Tradução e adaptação: Beto Joly
 




domingo, 19 de setembro de 2010

Escalada Morro da Cruz - Florianópolis SC

Florianópolis e região conta com diversas áreas de escalada, com boulders, falésias, e uma parede de 130m.
Uma das principais áreas é o Morro da Cruz que conta com mais de 30 vias de escalada esportiva.


A grande maioria das vias é protegida com grampos e/ou chapeletas. Poucas vias exigem proteção móvel. A extensão das vias não excede 25 metros.



O base das vias é confortável com alguns locais de sombra. Não há fonte de água no local, e repelente de insetos é bem vindo a qualquer época do ano. No verão a área de escalada fica bem abafada e úmida sendo preferível escalar no início da manhã. No final da tarde em dias muito abafados acaba chovendo. Após chuvas fortes e duradouras a rocha demora para secar pelo menos 1 ou 2 dias de tempo bom. Algumas vias podem levar mais tempo.
A área de escalada está dividida em dois setores, a Face Noroeste e a Face Leste. A seguir estão listadas as vias dos dois setores. As vias estão listadas da esquerda para a direita de quem está olhando para a pedra. Devido a descontinuidade entre as gerações de escaladores algumas vias são conhecidas por mais de um nome. Após a listagem das vias são indicadas algumas referências de como identificá-las.

Setor - Face Noroeste

Voltado pra o Centro da cidade e para a Beira-mar Norte, conta com maior número de vias e é mais procurado. O sol começa a bater no final da manhã. O acesso por baixo é feito por um terreno baldio na esquina de um beco ao final da rua Édio Ortiga. Cruza-se o terreno baldio pela lateral do muro da casa que fica à direita do terreno. Após cruzá-lo segue-se a direita pela calha dos fundos da casa. Em seguida a trilha segue bem clara pela mata. A caminhada dura em torno de 10 minutos.
Veja este setor no google earth



O acesso por cima é feito pelo caminho do mirante no final da avenida do Antão e a trilha não é muito clara. Leva cerca de 5 minutos para chegar no topo da via 25 e até 10 minutos para as vias 11 e 14/15. É possível fazer rapel para descer nas vias 11, 14/15 e 25.

 

 

 

 

 

Setor - Face Leste

Voltado para o bairro Trindade, com apenas 5 vias é pouco frequentado. O sol bate de frente no período da manhã. O acesso é possível apenas por cima por um trilha pouco clara. É possível um rapel de 30 metros na via 'Baba do quiabo' ou seguir a trilha que desce até a base das vias com passagem por uma pequena chaminé.
Veja este setor no google earth


Como chegar no Morro da Cruz


Foto: Cristiano
Fonte: http://www.acem.org.br/morro_da_cruz.php

sexta-feira, 17 de setembro de 2010






Reinhold Messner.
A lenda viva do montanhismo mundial






"Eu nunca pus uma chapeleta (bolt) em toda a minha vida e nunca irei pôr uma proteção fixa numa rocha. Se eu não puder escalar sem uma destas proteções, eu não escalo. Nunca usei garrafas de oxigênio. Se eu não puder escalar sem oxigênio extra eu não escalo mais alto. Isso não é uma decisão difícil.

E eu nunca irei carregar um telefone celular comigo. Se eu carregar um aparelho destes, significaria destruir aquele sentimento de estar isolado e exposto que eu sempre procuro nas montanhas.

Estas são apenas as minhas regras. Agora que estou ficando mais velho eu apenas sonho em escalar montanhas menores,ou esquiar em áreas como a Antártica ou em áreas desérticas.

Eu sempre tento fazer esse tipo de coisa sem ajuda de fora. Depois de uma vida de nômade político eu irei passar pelo menos meio ano no meio da selva com apenas uma mochila - e ninguém saberá onde eu estarei indo." - Reinhold Messner


O montanhista mais famoso no mundo hoje, Reinhold Messner tem escalado desde que tinha cinco anos de idade. Nasceu em 1948 em Villnoss, Tirol sul.

Com 20 anos de idade, tinha escalado a maioria das rotas as mais duras no Dolomites e nos alpes ocidentais junto com seu irmão Gunter e tinha se Iniciado em formular sua dedicação e filosofia em escalar com pouco peso em limpo estilo alpino. Gunter (
Ver nota) foi morto mais tarde por uma avalanche em Nanga Parbat durante sua primeira expedição ao Himalaia.


Depois que realizou a primeira escalada sem oxigênio do Everest, suas ascensões em solo do Nanga Parbat e do Everest, sendo o primeiro para escalar todos os cumes com mais de oito mil e terminando os "sete cumes" como a terceira pessoa no mundo, ele se tornou uma lenda viva entre os montanhistas. - "desde 1978 minhas escaladas do Everest sem oxigênio e Nanga Parbat são insuperáveis." Messner mesmo considera a travessia entre Gasherbrum I e II com Hans Kammerlander em 1984 - ser sua realização suprema no himalaya.

Em 1975 ele e Peter Habeler fizeram uma indicação que estavam indo atacar uma montanha de 8.000m nas mesmas maneiras que feitas no Alpes. Após suceder em Gasherbrum I, sua escalada foi considerada como a introdução "da escalada em estilo alpino".

Algo a recordar sobre as escaladas de Messner que realmente fora o ponto alto para suas potencialidades e que ate hoje somente ele seria a pessoa para ter escalado a face extremamente perigosa de Rupal do Nanga Parbat e provavelmente a única pessoa que sempre verdadeiramente escalaria o everest sozinho. A montanha esta aglomerada hoje e se alguém reivindicar a escalar "solo", significa que este seria feito sem ajuda de outra pessoa do acampamento ao cume. Também fez Messner sua escalada durante a estação do após monção, algo nunca feita antes.

Messner tem parado de escalar e tem dito hoje que nunca outra vez retornaria as montanhas elevadas, mas em 1996 mostrou-se acima do acampamento baixo abaixo de Gasherbrum I, parou para olhar ao redor quando viu a multidão no acampamento base. Admite realmente jogar com a opinião para mais uma vez voltar mas se isto ira acontecer somente o futuro poderá mostrar.

Messer não tem nenhuma intenção de estabelecer-se em um ambiente livre de risco em seu castelo Juval nos alpes italianos, onde durante recentes anos onde foi tornado totalmente com expedições polares de pouco peso. Em 1990 era primeiro outra vez, agora cruzando o continente antártico a pé . Mais tarde era hora para o Ártico, entretanto a expedição era mal sucedida, mas uma segunda tentativa estava em sua mente...

Messner também e uma das poucas pessoas ocidentais que reivindicam ter visto o Yeti. De acordo com Messner, foi encontrado duas vezes, a segunda vez durante sua ultima expedição ao Karakorum, esta vez com retratos como a prova! São publicados em seu livro mais recente, liberado em 1999.

A memória de Reinhold Messner como um montanhista superior e um verdadeiro herói da escalada continua inspirando gerações de montanhistas no século 21.

No verão de 2000 Reinhold retornado ao Nanga Parbat para tentar uma rota ainda não escalada. Com ele estava seu irmão Hubert, Hans Peter Eisendle e Wolfgang Thomaseth. Apos ter alcançado muito altamente na parede da montanha, encontraram a crista do cume demasiado perigoso para continuar.

SELECTED CLIMBS AND EXPEDITIONS

1950 - 64 - Over 500 climbs in the eastern Alps, mainly in the Dolomites
1965 - Ortler North Face (Direttissima, 1st ascent)
1966 - Yerupaja
1966 - Yerupaja Chico (first ascent)
1966 - Walker Spur, Grandes Jorasses
1966 - Rocchetta Alta di Bosconero North Face
1967 - Civetta Northwest Face ("Weg der Freunde", first ascent)
1967 - Agnér North Edge (first winter ascent)
1967 - Furchetta North Face (first winter ascent)
1967 - Agnér Northeast Face (first ascent)
1968 - Agnér North Face (first winter ascent)
1968 - Eiger North Pillar (first ascent)
1968 - Marmolata South Face (first ascent)
1969 - Droites North Face (solo)
1969 - Marmolata di Rocca South Face (solo)
1969 - Civetta ("Philipp Flamm", solo)
1970 - Nanga Parbat (8125m, Rupal face, first ascent)
1971 - Expeditions to Nepal, Pakistan, Persia, East Africa, New Guinea
1972 - Manaslu (8156m, South Face)
1972 - Noshaq (7492m, in Hindu Kush)
1973 - Pelmo Northwest Face (first ascent)
1973 - Marmolata West Pillar (first ascent)
1973 - Furchetta West Face (first ascent)
1974 - Eiger north face (in 10 hours)
1974 - Aconcagua (6959m, South face, first ascent)
1975 - Gasherbrum I Northwest Face (first alpine style ascent above 8000m)
1976 - McKinley (6193m)
1976 - "Wall of the Midnight Sun" (first ascent)
1977 - Dhaulagiri (8167m, failed)
1978 - Mount Everest (8850m, first ascent without supplemental oxygen)
1978 - Nanga Parbat (8125m, Damir face, first solo ascent of an 8000m peak)
1978 - Kilimanjaro (5963m, Breach Wall, first ascent)
1979 - K2 (8611m, first ascent in alpine style)
1979 - Ama Dablam (rescue operation)
1980 - Mount Everest north side (8850m, first and only true solo ascent)
1981 - Shisha Pangma (8012m)
1981 - Chamlang North Face of the central summit (7317m, first ascent)
1982 - Kangchenjunga north face (8598m, first ascent)
1982 - Gasherbrum II (8035m)
1982 - Broad Peak (8048m)
1982 - Cho Oyo (8222m, attempt in winter)
1983 - Cho Oyo (8222m, alpine style)
1984 - Gasherbrum I and II (first traverse between 8000m mountains)
1985 - Annapurna Northwest Face (8091m, first ascent)
1985 - Dhaulagiri Northeast Edge (8167m, alpine style)
1986 - Makalu (8485m, failen in winter, returned in summer)
1986 - Lhotse (8511m)
1986 - Mount Vinson (4897m, Antarctica)
1987 - Journey to Bhutan and the Pamirs
1988 - Yeti-Tibet-expedition
1989 - Lhotse (8511m, South face attempt)
1990 - Traversed Antarctica (via the South Pole on foot - 2800km)
1991 - Traversed Bhutan (east to west)
1991 - Hike in South Tyrol (800km)
1992 - Chimborazo
1992 - Crossed the Takla Makan desert (south to north)
1993 - Journey to the Dolpo, Mustang and Manang areas in Nepal
1993 - Traverse of Greenland (from southeast to northwest on foot - 2200km)
1994 - Himalayan environmental trek to Gangotri in India
1994 - Shivling (6543m)
1994 - Ruwenzori (5119m, Uganda)
1995 - Attempt to traverse the Arctic (Siberia to Canada)
1995 - Belucha (4506m, Altai, Siberia)
1996 - Journey through East Tibet (Chengdu to Lhasa and to the Kailash)
1997 - Journey to Kham (eastern Tibet)
1997 - Karakorum-expedition
1997 - Documentary on the Ol Doinyo Lengai in Africa
1998 - Journey to the Altai Mountains (Mongolia)
1998 - Journey to Puna de Atacama (Andes)
1999 - Documentary on San Francisco Peaks, USA
2000 - South Georgia (traverse following in Shackletons footsteps)
2000 - Nanga Partbat (8125m, attempt to climb a new route)

BOOKS

All Fourteen 8,000ers
My Quest for Yeti : Confronting the Himalayas Deepest Mystery
The Crystal Horizon : Everest-The First Solo Ascent
Annapurna: 50 Years of Expeditions in the Death Zone
Antarctica : Both Heaven and Hell
Everest : Expedition to the Ultimate
Hermann Buhl : Climbing Without Compromise
Moving Mountains
The Second Death of George Mallory : The Enigma and Spirit of Mount Everest
Big Walls : History, Routes, Experiences
The Challenge
K2
Monte Rosa
The Seventh Grade
Solo : Nanga Parbat

Fonte: wsystem.com.br/hardgrit /
www.hangon.com.br/

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Conselhos para qualquer escalador

    Penso que, toda informação é importante, para uns mais, para outros menos, porque sempre podemos tirar algo de útil para nossa vida e para nossas atividades esportivas. Assim, estou postando aqui no Escala Floripa este tutorial com algumas regras básicas. Divirtam-se!!!


1. Aprenda e domine os nós “volta de fiel” e “UIAA”. Eles são incrivelmente úteis quando você esquece ou mesmo perde seu material de escalada. Pessoas antes de você utilizaram e utilizam estes nós pois eles realmente funcionam.



2. Lembre-se sempre de pesquisar qual é o caminho e as peculiaridades para RAPELAR em vias de múltiplas enfiadas. Irá evitar muito aborrecimento, dor de cabeça e principalmente uma péssima noite em algum platô...


3. A carregar a cordas nas costas, enrolada em formato de “mochila” – é muito mais útil do que você imagina.


4. Pode parecer simples, mas saiba qual é a diferença entre uma escalada “flash” (primeira tentativa com algum tipo de conhecimento anterior da via), “onsight” (escalada na primeira tentativa sem nenhum conhecimento prévio), “redpoint” (escalada a qualquer momento após sua primeira tentativa, no Brasil usamos a expressão “encadenar sacando as proteções”) e “pinkpoint” (escalada com os proteções previamente posicionadas). Não minta a você mesmo sobre isso.


5. 8a na graduação francesa equivale a um 5.13b na graduação americana. E na graduação brasileira ? Aprenda e conheça os diferentes sistemas de graduação de vias.


6. Aprenda como evacuar no ambiente natural (ou seja, cavar um buraco, tampar o serviço feito, colocar fogo no papel higiênico e garantir que a chama não se propague para lugar nenhum).


7. Aprenda a “limpar” as vias após escalar. Ou seja, não deixe costuras e material nas paredes de escalada.


8. Urtigas e espinhos. Aprenda a reconhecer plantas venenosas e fique livre de problemas.


9. Se você encontrar várias costuras penduradas em uma via de escalada, elas não são suas para levar embora: há alguém “trabalhando” para conseguir encadenar a via! Use-as e deixe-as em seu devido lugar.


10. Não confie em material abandonado nas vias de escalada, isso serve principalmente para fitas e cordeletes de abandono em chapeletas.


11. Saiba como usar o Grigri, Sum, Cinch... se você não sabe usá-los aprenda como fazer e treine. Não há nada pior para alguém que está guiando uma enfiada ser subitamente “travado” enquanto tenta passar a corda em uma proteção.


12. Por melhor que você escale, mantenha sua humildade: sempre há alguém que escala mais e melhor do que você.


13. Não há espaço na escalada para o orgulho. O aprendizado é um processo, então contente-se em aprender lentamente e com humildade.


14. Conheça sempre o seu parceiro de escalada. Não confie sua vida em alguém que você não possua total confiança.


15. Agarras quebram. Coisas e pedras caem (e você também). Um capacete pode salvar sua vida.


16. Antes de realizar um rapel ou descer alguém de “baldinho”, tenha CERTEZA que a corda irá chegar até a próxima parada ou ao chão.


17. Aprenda a fazer “auto-resgate”, ou seja, saiba usar os nós auto-blocantes para subir por uma corda. Sempre utilize backup no rapel, ou seja, por exemplo o “prussik francês” abaixo do freio descensor.


18. Escalada também é cultura. Leia e aprenda. (O "Freedom of the Hills" é obrigatório. O 'Escale melhor e com mais segurança" do Flávio Daflon, ou o "Com unhas e dentes" do Sérgio Beck são outras leituras imprescindíveis).


19. Existem vários "jogos" de escalada. Boulder, esportiva, tradicional, escalada alpina... todos são divertidos !


20. Gosta mesmo de escalar ? Então viaje, conheça outros estados, outros locais de escalada.. planeje-se para conhecer outros países !


21. Fale menos. Escale mais. E por ultimo reproduzo a frase do Wolfgang Gulich : “O melhor escalador é aquele que mais se diverte”.


Artigo original: http://www.marski.org/artigostecnicos/310-conselhos-para-qualquer-escalador

domingo, 12 de setembro de 2010

Escalada Esportiva x Alimentação

 A escalada esportiva nada mais é do que uma arte de escalar montanhas, paredes ou qualquer outra estrutura que possibilite a subida com a força e mobilidade corporal. Uma atividade que exige habilidade como o equilíbrio. Dentro da escalada existem diversos tipos de estilos de escaladas os quais podem influenciar nas necessidades especificas em relação à dieta e aos treinos preparatórios. Divide-se em três categorias distintas. São elas: Escalada de Boulder, de Dificuldade e de Velocidade.


O esporte escalada esportiva é uma prática que utiliza as técnicas e movimentos de montanhismo e que tem como objetivo exigir o máximo de força e concentração do atleta. A técnica, a coragem, a adrenalina, juntamente com a força, são os fatores fazem da Escalada um esporte apaixonante.

Uma atividade que vai além de homens querendo escalar grandes arranha-céus pelo mundo. A escalada é muito mais importante que isso, e quem pratica quer antes de tudo desenvolver uma atividade que irá livrá-los do stress do dia-a-dia. A pratica pode ser feita por qualquer um, não é usado só os movimentos do corpo mas também o raciocínio rápido e muita inteligência na hora de escolher o melhor caminho.

O gasto energético na escalada pode ser influenciado de acordo com as situações específicas da escalada, porém os sistemas oxidativo e o ATP-CP são os prioritários na transferência da energia na escalada esportiva indoor, independentemente da intensidade das rotas ou do nível de aptidão dos indivíduos. Então a musculação tem o mesmo sistema de energia e seria sim uma base de treino importante para o escalador.

O consumo de carboidrato é a principal fonte de energia para o esportista ou atleta dessa modalidade e ele pode ser consumido em alimentos e em forma de suplemento. Banana, maçã, melão, laranja, mamão, uva, pêssego, açai, pão, batata cozida, aveia, granola, macarrão, tubérculos, biscoitos sem recheio.Os suplementos para manter a escalada seria legal carboidrato de absorção gradativa, existem esses suplementos em forma de gel, em pó para ser misturado com liquido, em forma de barra e os isotônicos que são bebidas de carboidratos acrescentada de micronutrientes já prontas, e existem as em pó para serem preparadas.

As refeições principais como almoço e jantar deve existir pelo menos 1 porção de carne ou ovo, a ingestão de legumes e verduras ajudaram nos processos bioquímicos os quais melhoram o raciocínio.

Uma alimentação saudável é sempre lucrativa para qualquer atividade, basta não exagerar em comidas “junk food”.

Para cada tipo de pessoa existem os alimentos e suplementos que melhor se enquadre ao seu tipo Físico e quantidades apropriadas que lhe dará um melhor resultado, consulte seu nutricionista.

A arte de Escalar Montanhas

     A escalada de montanhas envolve força, controle e habilidade. Usar os músculos de seus braços e pernas para se impulsionar para cima em uma montanha íngreme exige força e controle. Usar o seu cérebro para posicionar as mãos e os pés para que os músculos possam fazer seu trabalho: isso é habilidade.

   Neste artigo, vamos ver os diferentes tipos de escaladas e aprender sobre o equipamento e habilidades que os escaladores usam para subir uma montanha que pode ser elevar a milhares de metros.

   Um esporte que pode ser feito em interiores em estruturas de escalada de madeira compensada, ou ao ar livre em rochedos íngremes de milhares de metros de altura, a escalada de montanha tem várias modalidades hoje:

  • Escalada tradicional: Preso a uma corda, escaladores aos pares usando equipamento profissionais escalam uma montanha carregando bandoleiras de equipamentos especiais. À medida que sobem, colocam calço, nuts (entalador em forma de cunha) e outras formas de proteção de suas bandoleiras nas fendas da rocha. A corda é enganchada a estas peças de proteção para evitar quedas.
  • Escalada esportiva: similar à escalada tradicional em muitos aspectos, exceto que as peças de proteção são fixas permanentemente na rocha. Isto torna o esporte de escalada mais seguro, mais rápido e mais barato do que o tradicional.
  • Escalada livre solo: similar à escalada esportiva exceto que você não usa corda. Se cair, morre.
  • Escalada indoor: similar à escalada esportiva, exceto que os escaladores usam estrutura de escalada interna feita de madeira compensada ou concreto e suportes para mãos e pés fixos na estrutura.
  • Escalada no gelo: similar à tradicional, exceto que se escala uma formação de gelo (como uma cachoeira congelada ou uma geleira) ao invés de uma formação rochosa.
  • Bloco de rocha: Similar à escalada esportiva, mas você escala em blocos de rocha (ou as laterais de chaminés e edifícios) em vez de rochedos íngremes e penhascos.
   Imagine, uma folha de vidro alta vertical de 300 metros contínua e sem emenda. Se você tivesse de escala-la, seria impossível a menos que você tivesse ventosas nas mãos e pés. Agora imagine uma montanha vertical de 300 metros cheias de fendas e afloramentos tão óbvios e tão fáceis de encontrar que você pode escalar como se subisse uma escada. A escalada de montanhas sempre fica entre estes dois extremos.

   No caso mais fácil, não há necessidade de habilidade especial. Contanto que uma pessoa esteja em boa condição física, é possível para qualquer um escalar uma montanha como esta. Os escaladores deve ser capazes de encontrar suportes de mão e pé adequados, equilíbrio sobre eles em posições precárias e se movimentar de um ponto ao outro sem cair. Em rotas difíceis pode haver fendas finas com pouco espaço para se segurar, saliências que necessitam de uma força incrível para se atravessar e vento e temperaturas que fazem da rota de subida na rocha a mais desafiadora.

   Quando possível, o escalador tenta fazer o máximo do trabalho da escalada usando as pernas. O ideal é que os escaladores tentem manter seu centro de gravidade acima dos pés para depois puxar as pernas para cima. Eles usam os braços e mãos apenas para se equilibrarem e se posicionarem. À medida que a rocha fica mais lisa, é mais difícil manter esta posição ideal. É aí que a força e a agilidade entram. Em rotas mais difíceis, o escalador precisa de uma incrível força nos braços, mãos e dedos e resistência para se fixar à rocha.


Sistema de Classificação

   Nos Estados Unidos, os escaladores usam um sistema de classificação padrão para descrever a dificuldade nas diferentes rotas. Há 6 classes nestes sistema, variando de classe 1 (marcha normal) até passeio a pé, caminhada e então escalada na classe 5. Tudo o que é conhecido como “escalada de montanha” cai na classe 5. A classe 6 é para paredes de rocha que são tão lisas que não há como escalar sem auxílio artificial como escadas.

Dentro da classe 5 há 14 níveis diferentes que se distribuem assim:

• 5,0 até 5,4: nível iniciante. Fácil de escalar, como uma escada.
• 5,5 até 5,7: nível intermediário. Escalável com sapatos normais ou botas, mas requer mais habilidade.
• 5,8 até 5,10: nível experiente. Requer calçados de escalada, experiência e força.
• 5,11 até 5,12: nível perito. Talvez apenas 10% dos melhores escaladores do mundo possam lidar com estas rotas.
• 5,13 até 5,14: nível elite. Apenas para os melhores dos melhores.

   Hoje, o mais fácil e seguro modo de começar a escalar é ir a uma academia de escalada indoor e fazer um curso. Lá você vai aprender as técnicas básicas em um ambiente seguro, desenvolver sua força e habilidade e encontrar outros escaladores. Qualquer cidade grande tem dois ou três ginásios de escalada. Uma vez que você entende os fundamentos, pode encontrar um parceiro e começar pelas rotas esportivas mais fáceis. Conforme adquirir experiência, você pode ir avançando para rotas mais difíceis.

 
Fonte: http://www.esportedeaventura.com/blog/novidades/a-arte-de-escalar-montanhas

sábado, 4 de setembro de 2010

FATOR PSICOLÓGICO NA ESCALADA

É o psicológico que separa os homens (e mulheres) dos garotos neste esporte. Um axioma bem conhecido na escalada é que "grande parte dos maiores feitos resultam mais da superação mental do que da física".

"Eu quero fazer alguma coisa absolutamente no meu limite, onde meu corpo inteiro está gritando de dor, tudo quer cair, mas eu continuo".– Jerry Moffatt

Motivação constante é fundamental para atingir o potencial atlético. Com este objetivo, crie incentivos para treinar, mantenha o pensamento positivo enquanto escala e comece com o resultado final esperado em mente. Desta forma você sempre estará motivado.

Estabelecer objetivos detalhados ajudam a estimular suas ações diárias e a longo prazo. Pergunte-se "o que eu posso fazer na próxima hora, dia, semana, mês ou ano para melhorar meu desempenho na escalada?". Estabeleça objetivos de curto, médio e longo prazos de acordo.

Disciplina é fundamental na busca pela excelência. Procure sempre distinguir o que é importante do que é urgente. Dê preferência a atividades que posturas que o conduzam ao seu objetivo final e apenas ocasionalmente se deleite com festas, comidas e bebidas quando atingir um objetivo de médio prazo.

Confiança é essencial para atingir o seu limite. Sempre se “aclimate” com as condições nas quais você vai atuar. Nada desenvolve melhor a confiança do que já ter estado na dada situação antes. Desta forma, um dos seus objetivos no treinamento deve ser “imitar” ao máximo a atmosfera, situações e o terreno do projeto ou competição para a qual você está se preparando.

A visualização ajuda a pré-programar a realidade do futuro. Use esta técnica diariamente seja na preparação para o treinamento, na escalada ou em qualquer outra atividade importante.

Pratique a visualização com todos os seus sentidos. Trabalhe sua habilidade de criar imagens mentais frescas e claras de pessoas, lugares e eventos;

Imagine as cenas ricas em detalhes. Quanto mais vívidas as imagens, mais poderosos serão os efeitos da visualização no seu desempenho;

Use fotos, croquis, mapa de crux ou vídeos para melhorar a precisão dos “filmes” mentais da sua escalada;

Visualize repetidamente o projeto ou seqüência com a qual você está tendo problema;

Crie e armazene na mente imagens positivas para substituir as imagens, pensamentos e sentimentos negativos;

Crie mentalmente um filme de você mesmo lidando com várias situações e problemas que podem surgir durante uma escalada.

"Rituais" pré-escalada dão origem a desempenhos consistentes. Observe o "ritual" dos jogadores de basquete antes de cada arremesso livre. Estabeleça uma rotina detalhada a ser executada antes da escalada incluindo todas as tarefas preparatórias desde se equipar até o "ensaio" mental da via.

Determine se um medo particular é razoável ou não. Fique sempre atento aos medos razoáveis, mas lute contra os medos não razoáveis. Manter-se relaxado e ter um bom discernimento é um antídoto eficiente contra a maioria dos medos infundados com os quais nos deparamos na rocha. Mantenha o foco no que é mais provável de ocorrer e não na situação de pior caso possível, que é apenas remotamente possível.

Pressão psicológica moderada, e não a ausência completa de pressão, conduz aos melhores desempenhos. Aprenda a canalizar a boa pressão e se livrar da má quando estiver “na cadeira do piloto”. Suas ações e pensamentos nos dias e horas anteriores ao evento (seja uma cadena, campeonato, etc) determinam seu nível de pressão. Use técnicas de relaxamento como antídoto para as pressões negativas.

No mundo da escalada, o termo “foco” significa manter um elevado nível de concentração da energia mental na tarefa mais importante em cada instante dado. O foco melhora a conexão mente-corpo-rocha e, conseqüentemente, as chances de sucesso. Invista algumas semanas para treinar ativamente o foco. Após aproximadamente 10 sessões de treinamento de foco você vai começar a se sentir mais “conectado” com a rocha e mais capaz de manter-se focado no meio das situações mais estressantes. Seu desempenho vai disparar.

Controlar suas emoções enquanto escala significa controlar o seu desempenho final. Divida a escalada em trechos lógicos definidos por posições de descanso. Em cada uma destas posições de descanso efetue a seguinte seqüência:

Respire de maneira ininterrupta: recupere seu ciclo de respiração, concentre-se em uma respiração suave e profunda;

Feição facial positiva: abra um pequeno sorriso independente do seu estado mental. Você vai sentir a diferença imediatamente;

Postura equilibrada: levante a cabeça, mantenha seus ombros relaxados, sua coluna confortavelmente ereta e o abdome livre de tensão;

Onda de relaxamento: faça uma rápida varredura de todos os seus músculos para localizar e eliminar a tensão desnecessária;

Checagem mental: mantenha-se focado, com pensamento positivo e não intimidado pela tarefa a seguir. Então, mande a via!

Use o pensamento positivo para melhorar seu estado mental e suas chances de sucesso. Converse consigo mesmo para espantar o pensamento negativo, relembre suas habilidades e reforce suas qualidades positivas.





O ato de escalar é muito mais que um simples esporte. A superação está a todo o momento ligado a cada um dos escaladores. Muito difícil explicar para pessoas superficiais o que é isso. Estas pessoas vazias se importam sempre com o grau que está escalando, ou com barulho que faz para todos olharem para ela, ou com a roupa que usa. Se superar na escalada é muito mais que estar ou não sendo o centro das atenções. E os exemplos estão aí: escaladores que alguns desacreditam escalando e se divertindo, pessoas lesionadas voltando à ativa, e principalmente deixando os céticos e críticos para trás.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Técnicas de Escalada

Na escalada se tem impressão de uma atividade que se emprega somente a força, mas para chegar ao cume de uma montanha é imprescindível ter força física, equilíbrio psicológico e muita técnica. O escalador não precisa de força o tempo todo e sim de uma parte técnica. Assim, irá economizar energia com o uso corretos das técnicas.

A escalada pode ser:

- Esportiva (praticada em falésias, cuja altura varia entre 20 e 60 metros)
- Escalada em Big Wall ( para escaladores experientes, pode durar vários dias)
- Escalada alpina (em regiões inópitas, exige grande técnica)

A parte técnica está dividida nos seguintes assuntos: o uso das mãos, o uso dos pés, posicionamentos estáticos e movimentos dinâmicos.

Uso das mãos e os nomes das pegadas:

Pegada Fechada
Este tipo de pegada é uma das mais comuns em escalada, onde as ponta dos dedos ficam quase encostadas na palma da mão. Seu uso é muito comum em agarras pequenas e “regletes”.

Pegada aberta
Essa pegada também é muito comum na escalda. É parecida com a fechada, mas os dedos formam um arco maior. É usada na pegada de agarras grandes, lacas e abaulados que tem espaço para as pontas dos dedos.
Pinça
É uma das pegadas mais odiadas pelo escaladores. Use as pontas dos dedos ou a mão inteira para “pinçar” a agarra. Se aplicam normalmente nas agarras que se projetam da pedra, ou em alguns tipos de fendas.

Estendida ou Primata
Também é uma das pegadas “malditas”. A mão toda forma um arco (principalmente os dedos). Se usa principalmente em abaulados. A aderência da mão na rocha é fundamental.

Invertida
Como o nome indica, se usa com a palma da mão voltada para cima, pode ser com as pontas dos dedos ou com a mão inteira (como uma pegada aberta). As agarras são normalmente lacas de cabeça para baixo.
Monodedo, bidedo e tridedo
Pegadas feitas com um (monodedo), dois (bidedo) ou três dedos (tridedo), usando as falanges. São usadas normalmente em buracos pequenos (os famosos “heucos” ou “pockets” americanos).
Entalamento das mãos
O entalamento das mãos se dá com os dedos, com a mão inteira aberta ou com a mão fechada (de punho). Se usa tanto em fenda verticais, como em fendas horizontais. A mão colocada dentro da fenda deve ser “torcida” para gerar forças opostas e garantir a pegada. É comum a proteção das mãos com esparadrapo, para evitar ferimentos.

Uso dos pés na escalada esportiva
Dando continuidade na explicação da parte técnica, veremos o uso dos pés na escalada esportiva.
Existem várias maneiras de usar os pés, vamos ver as mais utilizadas:

Interno: o mais usado na escalada, usa a parte da solado onde se encontra o dedão, na parte interna do pé. Usado na maioria das agarras.

Externo: usa a parte do solado onde se encontra os dedinhos, na parte externa do pé. Usado também na maioria das agarras, sendo mais solicitado devido a algum tipo de posicionamento.
Bico: como o nome já diz usa-se o bico do solado, bem onde se encontra o dedão. Muito usado em agarras muito pequenas e em buracos.
Aderência: utiliza-se a maior parte do solado possível da parte anterior do pé, de preferência com o pé voltado de frente para a rocha (pé chapado), mas há exceções. Utilizado em lugares sem agarras ou com abaulados.
“Foot Hook” (Pé em gancho): muito usado na escalada esportiva, se usa o calcanhar ou a parte superior do pé, podendo ser o bico ou o peito do pé. Muito usado em saídas de teto, em tetos e arestas.

Entalamento de pé: O entalamento de pé se dá de bico, de pé inteiro longitudinal (usando as laterais do pé), e de pé inteiro transversal (usando o bico e o calcanhar), e é usado normalmente em fendas.
Posicionamentos estáticos na escalada esportiva

Posicionamentos estáticos são sempre movimentos feitos com um dos braços “travado” (o braço flexionado e imóvel). Agora vamos dar nomes aos posicionamentos estáticos mais comuns:
Pé Alto: como o nome já diz, trata-se do lado interno de um pé numa agarra na altura da coxa e praticamente o escalador fica sentado nesse pé. O lado do pé é sempre o oposto do lado do mão. Serve para um melhor equilíbrio, para se ganhar altura e ajudar na travada do braço.
Flagging (Embandeirar): esse posicionamento é para evitar o efeito “porta aberta” aquela rodada desagradável do corpo. O "flagging" se dá de duas maneiras, a primeira com o lado interno do pé na agarra e com a mão do mesmo lado do pé segurando em outra, coloca-se então o lado externo do outro pé apoiado na parede entre a perna que está na agarra e a parede ou somente cruzando por trás da perna que está na agarra.
E a segunda com o externo de um pé em uma agarra e a mão do lado oposto do pé usado em outra agarra, estica-se então a outra perna apoiando o lado interno do pé na parede, chegando-se ao equilíbrio.

Drop knee (Joelho dobrado): é um dos posicionamentos mais técnicos, possibilita o escalador a alcançar uma agarra bem alta com um dos braços bem travado. Consiste em o lado interno do pé em uma agarra, o mesmo lado da mão em outra agarra e o outro pé, com o lado externo na agarra e o joelho dobrado para baixo.
Movimentos dinâmicos na escalada esportiva

Movimentos dinâmicos são aqueles que têm como característica sempre um deslocamento ou um impulso de uma agarra para outra. Vamos ver agora os nomes mais comuns:

Body tension (Corpo esticado): este movimento parece com um bote, mas a diferença é que neste movimento o pé não sai da agarra e seu corpo fica praticamente todo esticado.
Bote: nesse movimento o escalador praticamente salta de uma agarra para outra, seu corpo fica todo no ar, podendo estar durante o movimento com uma mão na agarra ou não.

"Dyno" ou crucifixo: neste movimento o escalador usa praticamente todo a sua envergadura, é um movimento com os braços esticados horizontalmente ou diagonalmente. Nas competições, os escaladores tentam evitá-lo ao máximo, pois é um movimento que se gasta muita energia.
Dead point (ponto morto): é um movimento difícil, mas que era uma característica do famoso escalador Wolfgang Güllich. Consiste em se movimentar lentamente para cima para a próxima agarra, somente com os apoios de um pé e de uma mão, até perder o equilíbrio para trás, mas nesse momento de perda de equilíbrio você domina a agarra.

Aí esta a teoria da parte técnica, agora cabe a você colocá-la em prática.

Equipamentos:

* Corda
* Cordim
* Fitas
* Cadeirinha
* Mosquetão -> pêra, assimétrico, oval, reto curvo.
* Freio de segurança/"freio oito"
* ATC
* Tubo

Entre esse apetrechos, destacam-se o magnésio ( um pó branco que absorve o suor das mãos do escalador para manter aderência às pedras) e as sapatilhas de borracha, que aumentam a sensibilidade e aderem com mais facilidade às rochas.

Dicas de movimentação

Nas técnicas de escalada os movimentos são acíclicos, e se dividem basicamente em três fases: fase de preparação, fase principal e fase final.
Capacidade de Redação: O escalador deve observar as circuntâncias que lhe afetam, deve calculá-las e de acordo com seu cálculo, reagir com rapidez.
Capacidade de Reorientação e Adaptação: O escalador deve ser capaz de reorientar-se e adaptar-se à diferentes tipos de condições (dificuldades da parede, clima, cansaço, esforço, etc.) e as trocas previsíveis destas condições.
As técnicas de escalada: Todas as técnicas de escalada, tem como objetivo trabalhar o centro de gravidade. Essa troca do centro de gravidade se chama avanço, o avanço pode ser para cima, para baixo, lateral e diagonal.
Definimos como técnica de escalada, a execução perfeita, que reúne todos os requisitos de uma ação de movimentos próprios do esporte, em uma situação específica.
Biomecânica do Movimento (CGC): O controle do centro de gravidade corporal (CGC), é o fator mais importante da técnica correspondente.

Fator de Queda:
OBS: Toda escalada há um fator de queda para a corda, cada queda que você leva um fator de resistência da corda diminui. CUIDADO!
Corda: a corda não pode haver desgaste nos pontos de amarração sempre colocar uma proteção na corda para não se romper.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Concentração no músculo ou na agarra: Otimização Estática

A maioria dos escaladores visa um estilo de escalada mais dinâmico. Entretanto, a maioria dos escaladores da do Campeonato Mundial são monstros quando se trata de força muscular estática! Por que esta contradição? Por que e quando você deve usar movimentos estáticos ou dinâmicos, respectivamente? Como isto está relacionado à concentração mental quando você está preste a entrar no movimento do crux de uma via?

A idéia inspiradora deste artigo, veio de problemas que muitos amigos escaladores tiveram com escaladas de muito braço e bombantes.Para eles, eu sempre digo: - Não se concentre na próxima agarra e sim na flexão da musculatura.Você deve concentrar-se em fazer sua mão que está mais baixa ficar o mais próximo possível do peito antes de alcançar a próxima agarra com a mão mais alta. São os músculos do braço que decidirão se você alcançará e ficará na próxima agarra.

Baseando-se no esforço, a melhor técnica para um único movimento é quase sempre um movimento semidinâmico, que reduz o estresse no braço mais baixo comparado ao movimento estático. Entretanto, se você tem 15 movimentos similares seguidos é sempre melhor escalar estático. Existem duas razões principais para isto: primeiro, movimentos estáticos permitem a mão livre a descansar por uma brecha de segundo e depois, leva menos esforço a mão, pegar uma agarra após um movimento estático(isto é, controlado). É por isso que tantos escaladores de ponta, do Campeonato Mundial, são escaladores estáticos. Muitos estão tão programados a fazer movimentos estáticos que eles nunca usam o estilo Por conseguinte, assim que a força estática acaba, eles irão de alguma forma estranha e súbita, cair.

Para se tornar um escalador melhor, você deve concentrar seu treino nos movimentos musculares estáticos. Entretanto, o treino também deve incluir movimentos dinâmicos. A razão para isto é que é bem simples praticar e usar movimentos estáticos comparados a movimentos dinâmicos, pois, os últimos, são mais desafiantes para o psicológico. Então, se você só treina movimentos estáticos, sofrerá bloqueios mentais em tentativas à vista. No entanto, se você só treina dinâmicos, vai faltar força para blocar.

Estudo extra :
Movimentos "drop-Knee"
Desafios Físico Técnico Mental
Estático Alto
Knee-drop Alto
Dinâmico - Baixo Alto

O movimento mais complicado da escalada é o "knee-drop', que desafia você física, técnica e mentalmente... Para conseguir fazer um "knee-drop" você tem que passar o ponto crítico onde os pés estão empurrando seu centro de gravidade pra fora antes que você atinja a posição encaixada que possibilite.Os escaladores do Campeonato Mundial tornaram-se especialistas no complicado movimento "knee-drop" desde que os "Route-setters" quiseram mostrar ao público algo espetacular.
Fonte : http://www.8a.nu/

Força não é tudo

Todos os dias, quem acompanha minha rotina de treino, e até mesmo de outros escaladores, sabe que em todas as academias o treino de força chega a ser constante. A sensação é que nunca temos a força suficiente para aquela via que está engasgada.Porém pesquisando em um dos melhores sites alternativos de escalada achei este artigo interessantíssimo."Eu preciso ficar mais forte" é a frase mais ouvida em todos os picos e ginásios de escalada por aí. No intante que sente dúvidas antes de se esfolar em uma via que usualmente causou um fracasso físico - uma bombada de braço, uma abertura de dedos em um reglete involuntariamente, uma repentina perda de tensão corporal. Voce é apenas um marionete o qual as cordas foram cortadas. Aquela sensação física poderosa pode enganar você ao entender que mais força(ou resistência) era tudo o que ficou entre a sua queda e a cadena. Em uma visão aprofundada, isto é perder o jeito que voce pesna da sua escalada. Ninguém pode argumentar que força e resistência são habilidades úteis para um escalador. Mas força não é nada sem uma boa tática, técnica, psico, e uma atitute positiva.Voce é mais forte que voce pensa. Investindo um tempo e eneregia significativo para se tornar um pouco mais forte será como ter um efeito fortalecedor nas suas chances de escaladas de graus elevados, a menos que voce já esteja em um grau deelite. Mais importante, colocando foco na sua força significa um aumento mental longe do preocesso de aprendizado (as vezes a parte divertida da escalada). Esta atitude negativa pode prevenir voce de localizar sua verdadeira debilidade e fraqueza na sua escalada como por exemplo : trabalho ruim com os pés, baixa capacidade de resolver problemas no crux, medo de cair, falta de habilidade de descansar e focar, ou insuficiencia de repertorio de movimentação(drop Knee, foot hook, garra de reglete, etc...). Até mesmo um melhoramente pequeno em uma destas técnicas irá fazer uma grande diferença na sua escalada. Yuji Hirayama,um dos grandes escaladores do mundo em todos os tempos , era conhecido especialmente por sua brilhante técnica, uma vez disse de um de seus colegas escaladores :"Eu aprendi algo novo em cada vez que eu escalei com ele". Yuji escalou um 11c malhando, e um 11b a vista. Se Yuji ainda tem algo a aprender sobre escalada, todos nós temos.
fonte : crimpermag.com